Afinal, as redes sociais devem ser profissionais?
Em pleno século XXI, vivemos dentro do mundo globalizado em que notícias são compartilhadas diária e quase instantaneamente. O mesmo podemos dizer sobre as redes sociais, principalmente quando falamos do usuário brasileiro. Segundo o IBGE, 94,2% dos brasileiros usam a internet para interagir entre si dentro do ambiente digital.
No entanto, vemos que são poucas as pessoas que se atentam ao uso das redes sociais – e dessa vez, não falo de uso exagerado tampouco algo do gênero, o que quero abordar neste artigo é a forma que elas são usadas e os impactos que geram dentro do ambiente de trabalho.
Para demonstrar, podemos citar o vídeo com o caso que causou indignação em níveis mundiais nas últimas semanas, sobre ofensas de cunho sexual proferidas à uma repórter russa por parte dos brasileiros. Tal evento culminou em demissões e repercussão negativa as pessoas que faziam parte daquele grupo.
O fato é que, quando dentro de uma empresa, o colaborador faz parte dela seja durante o expediente ou não, inclusive em suas próprias redes sociais, mesmo quando a opinião pessoal é expressada dentro dela, ele precisa ter a percepção de que não existe algo inteiramente pessoal, uma vez que todas as nossas redes fazem parte da construção de uma imagem pessoal e profissional positiva ou negativa, impactando diretamente sobre como os colegas de trabalho, líderes ou liderados, parceiros e fornecedores passam a ver o colega.
A sensibilidade e a empatia precisam urgentemente permear ambientes como o futebol – que aguça o sentido de pertencimento de uma nação unificada, sem que o indivíduo possa lembrar de muitas outras questões cognitivas, principalmente o bom senso de avaliar a forma como uma atitude individual afeta o entorno coletivamente.
ALESSANDRA CANUTO – Especialista em gestão estratégica de conflitos e negociação. Sócia e palestrante da AlleaoLado, empresa focada em palestras, treinamentos e consultoria. |