Montar Criação de Ostras gastando pouco
Como montar criação de ostras lucrativa gastando pouco e sem cometer erros, ganhe muito dinheiro cultivando ostras. Aprenda tudo: investimento, localização, equipamentos, fornecedores, mercado, concorrência, riscos, legislação, mão de obra especializada, captação de cliente, financiamento, atendimento e muito mais…
Criação de ostras
Símbolo de status gastronômico, as ostras eram no passado muito mais famosas por suas virtudes afrodisíacas, graças ao alto teor de dopamina, um estimulante sexual.
Utilidades
As tradicionais ostras consumidas como aperitivo, também são utilizadas na construção de casas, calagem do solo e na fabricação de rações para animais. Sua concha é aproveitada, extraindo-se uma farinha com alta concentração de cálcio.
Características
Crescendo nativa ou criada em cativeiro, as ostras proporcionam boas produções. A espécie mais variável para o cultivo é a ostra brasileira (Crossostrea Brasiliana). Considerada um molusco que tem frutos e conchas, as ostras são filtradoras de H2O e alimentam-se de microalgas. O seu sexo não é definido durante toda vida, apresentando alternâncias sexuais por fatores de alimentação.
Fecundação
Em condições naturais, uma fêmea de ostra pode colocar 200 milhões de ovos, sobrevivendo porém alguns poucos: cerca de 1% chega a fase adulta. Os ovos depois de fecundados tornam-se larvas planctônicas e depois de um período de 15 dias procuram um substrato para se fixarem. A partir daí, formam sua concha e crescem, permanecendo fixos por toda vida.
Etapas do cultivo
No cultivo racional de ostras deve-se obedecer às seguintes etapas:
1. Lançamento de coletores-teste (feitos de conchas)
Para determinar os melhores pontos de captação de sementes (ostras). Os coletores de testes serão utilizados para avaliar a concentração nos bancos naturais de ostras matrizes. Estes coletores podem ser feitos de cinco conchas Vrieira (Pecten sp), tubinhos de bambu e arame.
As conchas são perfuradas no centro, por onde o arame deve passar. Deixe entre cada concha, a distância de 1 cm, colocando neste meio os tubinhos de bambu. Faça o coletor com apenas cinco conchas.
Para lançar os coletores ao mar (na zona infralitoral) use cerca de 100 m. de corda grossa (com 5 cm de diâmetro), prenda-a a uma plataforma flutuante, e a cada 3 m. em sua extensão amarre uma corda fina (1 cm. de diâmetro) de um a 8 m. de comprimento, dependendo da profundidade do local. Na ponta oposta da cordinha coloque um coletor teste, que quando na água, deverá ficar apoiado no fundo do mar.
De 7 em 7 metros de corda grossa, amarre também pesos de 1 Kg – ficarão encostados ao chão – para que não haja deslocamento dos coletores. Na superfície pode-se utilizar bóias para sinalização. Faça o lançamento nos pontos de captação todas segundas-feiras, retirando-os às sextas-feiras, substitua os coletores por outros sucessivamente e ao ano todo.
Em laboratórios, as conchas são examinadas através de lupas, a fim de que seja feita a contagem das sementes de ostras e seu competidor: a craca (Balanus sp).
Devem ser conhecidos os pontos de captação de sementes da região, bem como as épocas de pico (onde se observa as máximas anuais), para recolher o material para cultivo.
É considerado pico a nível comercial, quando o número de sementes é superior 15 por 100 cm³. O número de cracas não pode exceder a 10% em relação ao número de sementes de ostras coletadas, pois neste caso o ponto de captação não é recomendável.
2. Lançamento de coletores sementes (feitos de conchas ou de lâmina de alumínio)
Quanto aos coletores de sementes, existem vários modelos como telhas, bambus revestidos em argamassa de areia e cal, conchas, lâminas de alumínio, etc. A nível comercial são utilizados 2 tipos de coletores: o de colares de Vrieira ou da própria concha da ostra, e os de lâmina de alumínio. A partir desses 2 modelos de coletores, pode-se fazer o cultivo de 3 maneiras, sendo um com o colar de concha e os outros 2 com lâminas de alumínio – que se diferenciam basicamente pelo tamanho que as ostras atingem.
Escolha o tipo de coletor de sementes mais adaptado às condições sócio econômica local e lance-os, nas épocas de pico, nos pontos onde foram feitas as medições com os coletores-testes – 100 m. de corda grossa, na qual se amarra bóias, pesos e cordas finas, distanciada 3 metros para coletores de concha e a cada 1 a 1,5 m. para coletores de lâminas); o comprimento da cordilha dependerá da profundidade do local e do tipo de coletor o de lâminas deve ficar sempre na posição vertical. Transcorridos 30 dias do lançamento, retire os coletores e transporte-os para área de cultivo.
3. Transporte para área de cultivo previamente colhido
Devemos considerar como áreas de cultivos as regiões entre marés – entre alta e baixa. Quanto ao solo, deve ser consistente, não muito lodoso, apresentando uma camada mole de 10 a 15 cm. no máximo, geralmente em áreas de laguna e mar calmo.
4. Tratamento de “castigo” (para seleção natural)
No local escolhido, os coletores com semente serão distribuídos em módulos apropriados (engradados em forma de caixote), formando apenas uma camada de ostras – evitando o empilhamento, prejudicial ao suprimento de alimento e oxigênio.
Nestes engradados – colocados sobre estrados de madeira com 25 cm. de altura do solo – elas passarão pelo processo de seleção natural, denominado de tratamento de “castigo”, onde só os indivíduos mais resistentes sobrevivem. O tempo de permanência das ostras “no castigo” dependerá das condições ecológicas de cada região, do tipo de coletor e do tamanho que as ostras devem alcançar.
Colares de conchas: as ostras deverão alcançar aproximadamente 2,5 cm. de altura, tamanho atingindo em média 6 a 8 meses;
Métodos com lâmina de alumínio: Há 2 tipos de placas:
Método 1 – as ostras deverão atingir de 2 a 3 cm. de altura em mais ou menos 3 meses, quando serão levadas ao cultivo, sendo fixadas com cola (poliéster) no tabuleiro.
Método 2 – as sementes alcançarão 5 cm de altura em cerca de 12 a 15 meses, quando levadas aos tabuleiros de cultivo não necessitam ser colocadas, devido a seu peso.
5. Cultivo
O período total de cultivo, desde a captação até a comercialização dura cerca de 16 a 24 meses.
6. Depuração
O tratamento de depuração deve ser feito em tanques (60 cm de profundidade, 3 m. de largura e 10 m. de comprimento), bombeando água do mar, tratada por lâmpadas de raios ultravioletas, eliminando assim os germes patogênicos que se possam encontrar nas ostras.
O tempo de permanência nessa água tratada serve para eliminar todos os resíduos intestinais, areias, etc. Pode-se ainda perfurá-las através de H2O organizada ou clorução.
Depois da fase de engorda, as ostras – independente do método de cultivo – atingem o tamanho comercial com conchas superiores a 5 cm. de altura.
7. Acondicionamento (para consumo na Região ou comercialização em mercado)
Após a depuração, as ostras estão prontas para o consumo. No caso da comercialização (mercados, restaurantes, etc.) transporte-as em caixas vazadas colocadas em carros isotérmicos, numa temperatura entre 5 a 15º C. Essa temperatura é necessária, pois se ela estiver alta, o metabolismo da ostra é acelerado, consumindo todo o oxigênio da água armazenada em sua concha e a consequência disso é a sua morte por asfixia.
ENTIDADE
. ITAL – Instituto de Tecnologia de Alimentos – Departamento de Pescados
Referências: Sebrae – Serviços de Apoio as Micros e Pequenas Empresas, IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas – São Paulo, Datafolha – Instituto de Pesquisas Grupo Folha, IBOPE – Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, Wikipédia, Jornal Estadão, Jornal Folha de S.Paulo, Jornal O Globo, Revista Exame, Revista Veja, MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, MCTI – Minnistério da Ciência, Tecnologia e Inovação, MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário, |
Copyright © Emprega Brasil – É proibido a reprodução, total ou parcial, do conteúdo sem prévia autorização.