Ideias de Negócios

Como montar uma Marcenaria. Passo a Passo

Saiba como montar uma Marcenaria gastando pouco e sem cometer erros, ganhe muito dinheiro fazendo esquadrias de madeira. Aprenda tudo: investimento, localização, equipamentos, fornecedores, mercado, concorrência, riscos, legislação, mão de obra especializada, captação de cliente, financiamento, atendimento e muito mais…

Marcenaria

Ficha Técnica
Setor da Economia: Secundário.
Ramo de Atividade: Beneficiamento de Madeira.
Tipo de Negócio: Marcenaria.
Produtos produzidos: Esquadrias de madeira.

Madeira

A madeira utilizada vem principalmente da região amazônica, embora os grandes fabricantes mantenham suas instalações industriais no Paraná e Santa Catarina, Estados que originalmente começaram a exploração da madeira para transformação.
Existem, basicamente, dois critérios que balizam a utilização de espécies de madeira na fabricação de esquadrias: a resistência à umidade e a sua maneabilidade na fabricação. Os dois quesitos estão vinculados diretamente às características intrínsecas da densidade das madeiras, que define sua resistência mecânica.
Por esse critério, as duas madeiras mais usadas na fabricação de caixilhos, a imbuia e o mogno, ocupam posições exatamente opostas, dentro dos limites toleráveis. A imbuia possui menor resistência, oferecendo maior trabalhabilidade que o mogno, que, no entanto, é uma madeira mais densa, portanto, mais resistente.

Madeiras indicadas para o uso em esquadrias (portas e janelas) sem tratamento preservativo

Angico preto; Ipê roxo; Cabriúva parda; Mogno brasileiro; Cabriúva vermelha; Jatobá ou Jataí; Caviúna ; Piquiá; Combaru; Piquiarana ; Copaíba; Sacambu; Coração do negro; Sapucaia vermelha; Faveiro ; Sapucaia amarela; Guarantã ; Vinhático ; e Ipê pardo.

Madeiras indicadas para o uso em esquadrias (portas e janelas) com tratamento preservativo

Canafístula; Caovi; Freijó; Oiticica amarela; Pelada; Peroba rosa; e Pindabuna.

O desempenho dos caixilhos, além do tipo de madeira utilizada, depende de todas as etapas de manipulação de madeira, até mesmo do método de extrusão, por isso, é fundamental conhecer os processos utilizados pelos fornecedores, para aferir a qualificação de seus produtos.

Etapas de fabricação

Segundo os maiores fabricantes, para se iniciar o processo de fabricação de esquadrias, é preciso que as madeiras já estejam com os níveis de umidade bem baixos, indicados como pontos de secagem. Algumas empresas inescrupulosas, porém, costumam trabalhar ainda com a madeira “verde”, isto é, sem estar completamente seca. Os resultados dessa atitude podem surpreender os compradores menos avisados, pois depois de transformada nos perfis das janelas e portas, a madeira continua seu processo de secagem e pode sofrer deformações irreversíveis, mesmo após fixada nas obras.

Corte e fresamento

A primeira etapa do processo de fabricação ocorre na mesa de corte e fresamento dos perfis. É nessa fase que as tábuas começam a ganhar a forma do perfil de madeira que vai construir o caixilho.

Tratamento anti – ataques de microorganismos (Xilófagos)

Enquanto outros materiais utilizados em esquadrias sofrem agressões químicas (oxidação do aço, eletrólise do alumínio e deformação do PVC pelo excesso de calor) a madeira é suscetível ao ataque de insetos e microorganismos. Por causa dessa característica, deve receber um tratamento especial que previna futuros problemas desse tipo. Os fabricantes possuem produtos que, segundo afirmam, garantem a resistência a esses ataques.
O tratamento da madeira é feito pela imersão total das peças em tanques que contenham os produtos químicos que irão dar a proteção. Usualmente, o tempo de permanência submerso pode variar de acordo com a tecnologia adotada pela indústria.
Após a imersão, as peças são armazenadas para uma nova secagem ao ar livre, depois da qual se reduz a níveis mínimos a possibilidade de haver empenamento. Pode-se fazer o tratamento em autoclave, sob pressão, permitindo proteção com maior profundidade nos perfis.

Acabamento dos perfis de madeira

As peças que já receberam o tratamento passam por máquinas que eliminam possíveis deformações das superfícies da madeira, em etapas que são o desempeno das superfícies por plainas e desempenadeiras; calibragem das medidas; lixamento superficial até se chegar ao bitolamento desejado. É nesta fase que se desenha efetivamente o perfil a ser utilizado nos caixilhos. Os ângulos devem ser exatamente corretos e as superfícies precisam se apresentar sem quaisquer defeitos.

Montagem e colagem

Com as peças acabadas, desenhadas com todos os encaixes necessários, processa-se a montagem dos quadros e folhas, bem como a colagem de todo o material. Os encaixes utilizam sistemas conhecidos, do tipo espiga ou cavilha, conforme a opção dos fabricantes.
Já as colas utilizadas são normalmente desenvolvidas pelos fabricantes de produtos químicos em conjunto com as fábricas de esquadrias de madeira e constituem verdadeiros segredos tecnológicos.
Na verdade, a colagem é uma das principais responsáveis pela durabilidade da montagem dos caixilhos e são comuns os problemas que ocorrem exatamente pela inadequação da formulação química com a madeira das espécies coladas.
Os maiores fabricantes, por isso mesmo, preferem desenvolver as formulações ideais e analisar sistematicamente os produtos entregues pelos fornecedores para verificar se preenchem as especificações corretas.

Verificação dimensional e montagem final

Após o fechamento dos quadros, chega-se à montagem final, com a fresagem para a colocação e fixação de rodízios, dobradiças, fechos, fechaduras e demais ferragens. Os produtos são ainda checados em mesas de esquadro e, para garantir sua montagem, recebem travamentos de madeira, que possuem também a função de manter o esquadramento.

Acabamento superficial

As esquadrias de madeira são normalmente entregues nas obras “in natura”, ou seja, sem qualquer proteção superficial. Para o estoque na própria obra, recomenda-se utilizar uma demão de verniz fosco, de modo a proteger a madeira contra possíveis ataques do cimento e da cal. A pintura, ou mesmo o envernizamento definitivo, deverá ser feita após a instalação, com aplicação sobre a superfície lixada novamente, para retirada da camada de verniz usada como proteção.

Embalagem e estocagem

Nas obras ou nos depósitos dos fabricantes, os caixilhos de madeira prontos devem ser estocados na vertical sobre piso nivelado, em ambientes protegidos das intempéries, sem fontes de calor próximas, em pilhas isoladas do solo.

Deve-se evitar guardar os caixilhos junto com outros materiais de construção que possam prejudicar o acabamento final da madeira, tais como óleos, cimento, cal, tintas e outros materiais comumente encontrados nas obras.

Instalação

Os caixilhos de madeira são normalmente chumbados às alvenarias com grapas ou pregos, ou fixados em contrabatentes anteriormente chumbados, com parafusos auto-atarrachantes.

Para a fixação dos quadros nos vãos devem ser tomados cuidados de modo a não envergar qualquer dos lados pela colocação de cunhas, que devem ser postas o mais próximo possível dos cantos do caixilho. Em caixilhos de vãos maiores, que não contem com montantes intermediários, recomenda-se a colocação já na indústria de um travamento no centro do vão que deverá ser retirado somente depois da instalação completada. Recentemente, vêm sendo realizadas instalações utilizando outra forma de fixação dos caixilhos, com a injeção de espuma de poliuretano nos vãos entre os quadros e as alvenarias. Embora a técnica ainda seja pouco conhecida, pode se tornar uma opção para as obras mais sofisticadas.

De qualquer forma, os caixilhos de madeira devem ser instalados com todas as suas travas de fábrica, não importando o sistema adotado para instalação. As travas só devem ser retiradas depois que a instalação estiver completa, inclusive com o preenchimento e cura das argamassas nos vãos.

Colocação dos vidros

Os vidros em caixilhos de madeira podem ser fixados com massa ou baguetes. Mesmo no caso de se utilizar baguetes, os fabricantes recomendam a colocação de massa entre estes e os vidros, para evitar tensões desnecessárias. A prática, porém, mostra que muitas vezes os baguetes são colocados diretamente na colocação dos vidros.

Manutenção

A manutenção depende do acabamento superficial adotado. Geralmente, a simples inspeção visual identifica a necessidade de se processar uma repintura. Recomenda-se que a cada seis meses se faça uma inspeção geral nas ferragens e nas pinturas, de maneira preventiva.

Normas Técnicas
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
Sede: Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13, 28º andar, Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro/RJ
Tel: PABX (0xx21) 2210.3122

 

Referências:
Sebrae – Serviços de Apoio as Micros e Pequenas Empresas, IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas – São Paulo, Datafolha – Instituto de Pesquisas Grupo Folha, IBOPE – Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, Wikipédia, Jornal Estadão, Jornal Folha de S.Paulo, Jornal O Globo, Revista Exame, Revista Veja, MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, MCTI – Minnistério da Ciência, Tecnologia e Inovação, MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário,

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