Empreendedorismo

Empreendedorismo e o Parque Tecnológico de Sergipe

Empreendedorismo e o Parque Tecnológico de Sergipe

Há pouco tempo, manifestei interesse em investigar a aplicação de recursos tangíveis e intangíveis dos clusters e ecossistemas de startups portuguesas, como alternativa de benchmarking para o Parque Tecnológico de Sergipe.

Os objetivos partiam da obtenção da visão relacional, da gestão, de clusters, ecossistemas, incubadoras, aceleradoras e startups, para que pudéssemos estabelecer um paralelo de experiências Brasil – Portugal, de modo a identificar como ocorre as estratégias e ações em nível de recursos e de gestão, visando uma possibilidade de propor um framework de um ecossistema de startups.

O momento seria oportuno para relacionar as experiências e agregá-las às estratégias de gestão adotadas no Parque Tecnológico de Sergipe, como um campo privilegiado de startups. Não podemos esquecer que estamos presenciando novos modelos de negócios nas últimas décadas, a exemplo das startups que tiveram sua origem nos EUA, desde os anos 1950, e as inovações que surgiram no Vale do Silício, onde estão situadas várias empresas de tecnologia.

O crescimento de startups aumentou consideravelmente nos últimos anos, e isso interfere positivamente no desenvolvimento econômico de qualquer nação. Diante desse fato e conectado com esse cenário, Portugal nos últimos anos tem investido consideravelmente nesse segmento de inovação e tecnologia.

Não deve ser por acaso ou mera coincidência a saída da crise financeira que sufocou a economia portuguesa há bem pouco tempo atrás. Será que não seria interessante para o Brasil observar melhor o que está acontecendo além mar?

O sonho português, para os brasileiros, começou a crescer bastante nos últimos dois anos. Brasileiros planejando morar e trabalhar nas terras de Camões começaram a surgir de forma exagerada, impulsionados pela crise econômica pela qual atravessa o Brasil e pela recuperação da economia portuguesa.

O fato é que existe legislação que motiva empreendedores de várias nacionalidades a abrir negócios que sejam considerados inovadores, e tal ação pode resultar em visto de residência em Portugal. Diante disso, é possível criar ou transportar uma empresa já existente para aquele país via adesão à startup Visa, por exemplo.

Diante deste cenário altamente desafiador e promissor, torna-se necessária uma investigação para descobrir quais os recursos estratégicos que são usados nesses ambientes para atrair, por exemplo, investidores, empreendedores com visão inovadora, gestores e modelos de gestão, capital de risco, sistemas e tecnologia da informação, e/ou outros elementos que levam a alimentar o sistema e o nível de competição em determinado ambiente.

Apesar de saber que não se pode replicar literalmente modelos de um lugar para outro, a possibilidade de compreender as alternativas de benkmarking, ou seja, de boas práticas para o Parque Tecnológico de Sergipe (SERGIPETEC), inspira a obtenção de possíveis resultados, respeitando, é claro, os devidos contextos. O SERGIPETEC atua no fomento à criação de empresas de base tecnológica e à construção de redes de relacionamentos que envolvem agentes do processo produtivo da geração do conhecimento, do ensino, da pesquisa e da inovação. Trabalha em conjunto com a Secretaria Estadual do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia – SEDETEC, fazendo parte do sistema de inovação do Estado de Sergipe.

O fato é que podemos refletir acerca dos impactos e das transformações que os clusters e ecossistemas já estão promovendo nas startups portuguesas e suas repercussões em modelos de negócios e de gestão. Portanto, vislumbrar para Sergipe as alternativas exitosas do modelo português pode permitir que nosso pequeno Estado tenha o destaque que as boas práticas sempre inspiram e posicione as startups sergipanas ao lugar de destaque que elas merecem e que nossos empresários tanto se esforçam para atingir.

JORGE CABRAL Administrador (CRA 2166-01), Palestrante, Educador, Empreendedor, Estrategista, Coach, Mestre pela UFPE, Especialista em Gestão Empresarial, Especialista em Docência Universitária, Master Practitioner em PNL AV*NLP/EUA. Possui mais de 30 anos de experiência em Gestão, Estratégia, Liderança e Educação. Conselheiro Efetivo e Diretor de Fiscalização do Conselho Regional de Administração de Sergipe. Coordenador do curso de Administração da Estácio Sergipe. Gerente técnico da unidade do Senar em Sergipe

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